quinta-feira, 4 de julho de 2013
MOBILIZAÇÕES FORTALECEM A LUTA PERMANENTE PELO SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE.
Desde quando o Gigante (Brasil) esteve dormindo? Essa é uma das muitas afirmações identificadas nas manifestações que acontecem em todo o Brasil. Aliás, tais ajuntamentos de pessoas tem chamado atenção como se fosse um fenômeno nunca antes visto na História desse país. Os grandes canais de televisão alardeiam as imagens a todo instante em sua programação como no Brasil, uma das maiores democracias do Mundo, nunca tivéssemos vivenciado grandes mobilizações.
A CONFETAM/CUT não tem feito outra coisa a não ser MOBILIZAR. A CUT faz isso com mestria. Os anais da História podem nos indicar as inumeráveis manifestações e as multidões que marcham todos os anos à Brasília na defesa da agenda da Classe Trabalhadora, com milhares de trabalhadores (as), sem que a grande mídia faça qualquer referência. Exemplo disso foram os movimentos que mobilizaram milhares de pessoas como: a marcha das margaridas, os caras pintadas, diretas já, movimento contra a carestia, movimento pela anistia, só para citar alguns, não tiveram visibilidade perante a grande mídia, por quê?
O Movimento Social aguerrido e de fato socialista tem pautado os grandes temas sociais, políticos, culturais e econômicos desde sempre. É o ofício primeiro do agente mobilizador brasileiro que de fato se identifica com todos aqueles que ainda estão à margem, com tudo aquilo que ainda não é o ideal, com todos aqueles que ainda constituem a maioria que são as “minorias”.
O que temos assistido em todo o Brasil nas últimas semanas é o resultado do nosso trabalho de agente de mobilização. Sempre chamamos as multidões para militar por um Brasil melhor. Sempre pautamos os grandes debates. Sempre convocamos o povo para se juntar ao Movimento Social organizado, no qual o Movimento Sindical se evidencia com forte expressão.
O que o Brasil está contemplando agora é o resultado de aulas de mobilização democrática sendo colocadas em prática pelas multidões. Nesses ajuntamentos, a feliz constatação do abraço da juventude que se coloca como protagonistas das mudanças que entende devem ser feitas agora.
A voz das ruas não nos é estranha. É um som que sempre quisemos ouvir. Buscamos isso ao longo de nossa militância. A CONFETAM/CUT apoia, se junta, entende, propõe e amplia tudo aquilo que as multidões ecoam pelas ruas dos grandes centros urbanos e também nas pequenas cidades. Como a legítima representante de milhões de trabalhadores(as) municipais, a CONFETAM/CUT acompanha de perto as fragilidades dos nossos municípios e tem pautado toda uma agenda de luta buscando uma vida melhor para cada homem e mulher de cada município desse continental país.
Fato esse que pode ser evidenciado na Plataforma da Classe Trabalhadora que apresentamos no último processo eleitoral para todos os candidatos a prefeito/a e a Vereador/a. Na ocasião chamamos a toda a Sociedade para discutir em que municípios queriam viver, onde os princípios da Democracia Participativa, Trabalho Decente e Serviços Públicos de Qualidade, deveriam ser a dinâmica praticada por todos os novos representantes do povo no Poder Executivo e no Legislativo.
O que as multidões estão reivindicando em tom maior é a concretização das políticas públicas com as quais cada candidato se comprometeu no último processo eleitoral. O povo está exigindo a materialização das propostas decentes que podem tornar a vida de cada família brasileira bem melhor.
Os tumultos isolados com ações de vandalismos no meio dessas manifestações são apenas ações mínimas de oportunistas que não aceitam que o Brasil continue mudando e avançando nestas mudanças. A esmagadora maioria está protestando, reivindicando e se mobilizando legitimamente. Nós reconhecemos essa força!
Reconhecemos a legitimidade das entidades e partidos políticos que sempre estiveram nas ruas lutando por mudanças, por isso, lamentamos que militantes históricos tenham sido espancados e ou enxotados das manifestações. Na luta por um Brasil cada vez melhor, a palavra de ordem deve ser a inclusão. Ninguém deve ser excluído. Devemos também unificar uma pauta, para evitar que aproveitadores se utilizem desse movimento desvirtuando o verdadeiro motivo das mobilizações.
Repudiamos as repressões violentas por parte de policiais que tem agido muitas vezes com truculência ao reprimir certas atitudes de uma minoria sobressaltada.
Todas as vezes que a Classe Trabalhadora se mobiliza quem ganha é todo o povo brasileiro com a oferta de mais e melhores empregos; condições dignas de trabalho; Saúde com atenção à família; Educação de Qualidade com foco nos saberes do aluno e na valorização dos Profissionais do Magistério e as profundas transformações sociais que retiram da margem milhões da pobreza extrema e eleva o poder do salário mínimo.
O Movimento Social é feito de todas as instituições que compõem a vida nacional brasileira. São expressões diversas que encontram equilíbrio naquilo que favorece a unidade ainda que respeitadas a diversidade, a pluralidade e a liberdade que são, por sua vez, características marcantes e apaixonantes da Identidade Brasileira.
A Presidenta Dilma com sua vocação popular, em pronunciamento nacional na noite de sexta, dia 21 de junho, reconheceu a legitimidade dessas mobilizações. Não poderia se esperar outra coisa de um governo popular. Agora, é a hora de unificarmos os debates em torno de uma agenda nacional comum e dessa forma, mais uma vez, estabelecermos negociação com os Governos nas três esferas e assim, demandar respostas imediatas ao que urgentemente ecoam as vozes do Brasil.
O Brasil mudou muito nestes últimos 10 anos. Quase 20 milhões de novos empregos foram criados, políticas afirmativas que dão conta da inclusão de setores historicamente excluídos e marginalizados como: a juventude, mulheres, negros e LGBT. Reconhecemos, no entanto, que o Brasil precisa avançar ainda mais nas mudanças, dialogar com a sociedade e “ouvir as vozes que vem das ruas.” Elas sinalizam que alguma coisa não está bem, apesar de tudo o que já foi feito. Há demandas reprimidas e o governo Dilma começa a se dar conta disso, já se reuniu com as centrais sindicais, governadores, prefeitos e os estudantes. Agora é reforçarmos as mobilizações ocuparmos as ruas que sempre foi nosso principal espaço de lutas e levarmos nossas bandeiras unificadas com as centrais sindicais e movimentos sociais.
Dia 4 de julho (quinta-feira):
- Dia Nacional de Luta de Advertência com atos, paralisações e manifestações em todo o país.
Dia 9 de julho (terça-feira):
- Ocupação para Pressão Direta dos sindicalistas CUTistas na Câmara dos Deputados, contra o PL 4330.
Dia 11 de julho
- Deveremos realizar paralisações, greves, atos e manifestações em todo o país, nas rodovias, locais de trabalho, praças, ruas, aeroportos em conjunto com as Centrais Sindicais, pela Pauta da Classe Trabalhadora.
Pauta Única das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais :
Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
Fim do fator previdenciário;
10% do PIB para a Educação;
10% do Orçamento da União para a Saúde;
Transporte público e de qualidade;
Valorização das Aposentadorias;
Reforma Agrária;
Mudanças nos Leilões de Petróleo;
Contra o PL 4330, sobre Terceirização.
Reforma política e realização de plebiscito popular;
Reforma urbana;
Democratização dos meios de comunicação;
Pelos Direitos Humanos;
Contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas;
Contra a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais;
Contra a aprovação do Estatuto do Nascituro;
Pela punição dos torturadores da ditadura.
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